Na sexta-feira, 3 de agosto, recebemos o mestre em Ciências Criminais e doutorando em Política Social e Direitos Humanos Samuel Rivero no nosso Grupo de Estudos. Abordando o tema “Reconhecimento de pessoas e falsas memórias”, Rivero abordou a fragilidade da memória e a importância do cuidado para que não se cause indução ou distorção no reconhecimento, crucial para que se possa dar credibilidade ao processo.
“Temos a convicção de que conseguimos recordar do maior número de detalhes possível de um evento, mas não é bem assim. Nossa memória é um mosaico que está sempre em constante reconstrução, ela se reconstitui, ainda mais com o tempo., criando falsas construções e falsas memórias, que podem ser espontâneas ou não, como memórias de infância de eventos que não ocorreram ou ocorreram diferente do imaginado. Também existe a implantação, proposital ou não, de memórias, onde estereótipos, a indução na forma dos questionamentos e o próprio contexto podem influenciar e contribuir pela alteração no reconhecimento”, afirmou o palestrante.
Segundo Samuel, que ainda trouxe casos onde a prova testemunhal foi fundamental para a condenação para debate, a presença de arma na cena já distrai a atenção da vítima de outros detalhes físicos importantes do autor do delito, reduzindo a capacidade de reconhecimento.
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