O Custo da Justiça e Inteligência Artificial

Na noite desta quinta-feira, 22 de agosto, a Comissão da Mulher Advogada da OAB Pelotas, em parceria com a Comissão do Jovem Advogado, promoveu a palestra O Custo da Justiça e Inteligência Artificial, com o advogado Demétrio Giannakos, mestre em Direito e especialista em Direito Internacional Privado.

Demétrio abordou o uso da inteligência artificial (IA), segmento da ciência da computação que propõe diversas técnicas e recursos no desenvolvimento de programas inteligentes, ou seja, capazes de tomar uma decisão semelhante ao humano, e contextualizou o uso da IA no poder judiciário, apresentando cases já utilizados no país, como o Radar do TJ/MG e o Poti, do TJ/RN, e exemplos como o sistema de conciliação virtual utilizado no Reino Unido. Conforme o palestrante, a inteligência artificial funciona a partir de algoritmos, sistemas de dados programados para dar respostas conforme a base de dados disponível e planos de ação pré-definidos.

Giannakos falou sobre a importância da inteligência artificial para dar celeridade aos processos. Para ele, nos escritórios, o uso da tecnologia auxilia os advogados nas atividades mecânicas do cotidiano, permitindo que tenham mais tempo para as atividades criativas. “Os sistemas de IA trazem diversos benefícios à pratica do Direito, especialmente em relação à automatização de atividades repetitivas, proporcionando maior agilidade e precisão em sua realização. É um mecanismo essencial principalmente em litigância de massa”, afirmou. Todavia, a utilização desta tecnologia não devera alcançar o poder de julgamento conferido aos magistrados, e sim atividades-meio, permitindo assim que os magistrados concentrem tempo e esforços em sua atividade-fim, de modo a concretizar a eficiência processual e o ideal de justiça almejado pelos cidadãos.